segunda-feira, 2 de março de 2015

A Revolução - Capítulo 1 Parte 3

    Algumas palavras com erros estarão em amarelo, mas caso você encontre algum outro por favor avise nos comentários.



Continuo correndo então percebo que um corredor pequeno que começa antes da barreira e termina depois dela, deve ser a maneira que pessoas importantes usam para passar de para o outro lado. O vento vem cada vez mais gelado em meu rosto, de repente piso em algo no chão, não paro para ver o que foi, apenas continuo dando pernadas e olho para trás, há um brilho vermelho lá, então sai um tubo pequeno da terra, parece um morteiro, ele atira para o céu um sinalizador verde, que explode como um fogo de artifício.
 
De repente vejo guardas correndo em minha direção, agora sim que não posso parar de correr, eles tem armas de fogo e correm muito rápido em minha direção pois estão muito longe de mim e precisam me alcançar.
 
Corro, corro e corro, até que sou interrompido por uma explosão que me obriga a se jogar pro lado para não ser pego, não acredito que não pensei nisso, é claro que o governo implantaria em uma área extensa e proibida minas terrestres. Algum guarda deve ter acionado-as com um algum tipo de controle porque várias explodiam, uma depois da outra, então fui obrigado a levantar e continuar, as explosões continuavam uma depois da outra, mas nenhuma me acertava.
 
Quando finalmente cheguei no corredor, havia dois guardas dentro, eles miraram em mim e atiraram, pulo para o lado e milagrosamente não levo nenhum tiro. Se não posso passar pelo corredor, como vou passar da barreira? Se eu recuar serei pego ou explodido por uma mina terrestre, o que eu faço? Só me resta mais uma opção, e essa eu queria descartar.
 
Corro na direção da barreira e faço força contra ela, é muito dura, vou acabar não conseguindo passar, não posso pensar assim, faço muita força e minha mão acaba passando pelo campo de força, assim que chega no meu braço sinto uma dor infernal, parece que ele está sendo amputado sem anestesia, a dor é muito forte. Vou empurrando meu corpo pra frente urrando de dor, até que começo a gritar, assim metade do meu corpo já passou, só falta o rosto, então ouço alguém falando:
  
-Eu ordeno que volte! -disse um guarda logo atrás de mim, “nem ferrando”, penso, deve ter uns cinco guardas atrás de mim- desista ou seremos obrigados a atirar! 3...2...
  “Eu preciso passar”, penso, faltava só mais um pouquinho.
 
-1!!!


 Quando o homem falou 1 consegui passar, mas a força feita contra mim após passar me atirou no chão, então cai na grama. Meu corpo doía inteiro, não sabia se eu ia sobreviver, mas uma coisa eu sei, esses guardas não são páreos para mim. Me viro e fico deitado de barriga pra cima, minha visão está borrada, olho para frente e vejo os guardas atirando, mas seus tiros não passam do campo de força que está entre nós, apenas vejo brilhos do metal acertando a barreira e caindo no chão, minha visão escurece, eu devo estar morrendo, mas acho que valeu a pena fazer isso, não sei porque, olho para cima e vejo o céu estrelado por alguns segundos até fechar os olhos e pensar, “o que vem agora?”

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

A Revolução - Capítulo 1 Parte 2

 Algumas palavras com erros estarão em amarelo, mas caso você encontre algum outro por favor avise nos comentários.


as pessoas aprendam, pensem, os pais do garoto o fizeram pensar que era rico porque pensaram que isso faria o bem para eles, então, os professores podem por meio das aulas, fazer com que os alunos pensem o que eles querem que nós pensemos. Isso deve ser algum tipo de pensamento idiota, comum da minha idade.

 A aula começa, O sr. Whiskins, nosso professor de história, fala sobre como o governo impediu a guerra conhecida como a guerra dos 100 anos, pois aconteceu a mais ou menos 100 anos atrás, onde uma guerra estava prestes a acontecer e o presidente da época, Elisson Vest conseguiu impedir que uma guerra fosse declarada, deixando com que milhares de pais de famílias não se tornassem soldados, poupando muitas vidas. Hoje ele já está morto por problemas no coração que teve a cerca de 73 anos atrás.
 
As aulas vão passando, e o tempo também, até chega a hora do almoço, vou ao refeitório, um lugar imenso com várias mesas retangulares e largas para caber várias pessoas, pois, é o lugar onde todos os alunos vão almoçar. Sirvo o meu prato, coloco um bife e um pouco de salada, depois completo o almoço com um sanduíche de manteiga de amendoim que trouxe de casa, enquanto tomo um suco de laranja em uma caixinha.
 
Termino meu almoço antes do resto das pessoas e vou para o corredor preparar meu material da aula mais cedo. Subo os degraus do refeitório e vou para os corredores, todos estão vazios, vou rapidamente para o meu armário e faço uma troca de livros rápida, e vou andando até o laboratório onde é a próxima aula, passo por vários armários e portas de salas de aula, estou mais perto da parede esquerda do corredor, estou andando rapidamente até que sinto algo puxando meu braço, vou com força para o lado, vendo com o canto dos olhos um braço me puxando para dentro de uma sala pequena e escura.
 
Quando pego o equilíbrio de volta, finalmente consigo enxergar a situação, há uma garota com os cabelos loiros castanhos, está com um rabo de cavalo e uma parte do cabelo está solto, cobrindo suas orelhas, ela está de braços cruzados e tem um olhar frio, tem exatamente minha altura.
 -O que você pensa que está fazendo? -pergunta ela a mim, por um momento fico distraído e olho ao redor, vendo vassouras e panos, então percebo que estou no armário do faxineiro, uma sala pequena e apertada cheia de vassouras, panos, baldes e produtos de limpeza, é o lugar onde o faxineiro guarda e pega tudo o que precisa para limpar a escola, ou seja, realizar seu trabalho. Quando finalmente paro para pensar na pergunta que ela fez a mim, fico confuso e respondo.
            -É proibido se adiantar para a próxima aula? -pergunto, mas não de um jeito intimidador e sim de um modo preocupado, porque, será que todo esse tempo era proibido sair do refeitório mais cedo e eu não sabia.

            -Não me refiro a isso. -ela diz- Você não deve estar entendendo, o seu jeito de pensar pode entregar você.

             -Como assim? -pergunto, não entendo nada do que ela fala, o jeito que eu penso, como assim, ninguém pode ler o pensamento dos outros, ela não deve estar falando sério.

            -Tome, pegue isso, vai explicar tudo -diz entregando um cartão para mim, o qual eu nunca vi, era preto com um círculo vermelho no meio, era diferente, tecnológico- Coloque o dedo no círculo vermelho quando estiver sozinho e garantir que ninguém vai vê-lo, tome cuidado.

            No segundo em que pegava o cartão com a mão direita, senti uma dor no pescoço e como reflexo bati com a mão esquerda no pescoço, essa dor estava mais para uma picada, provavelmente um mosquito me picou.
 
O cartão era duro e leve, tomei cuidado para não segurar no círculo vermelho no meio, em seguida sai da sala sem olhar para trás para não ter que ver aquele olhar de sombrio e amedrontador, fiquei me perguntando do que ela estava falando, foi uma das conversas mais estranhas da minha vida. Isso com certeza me deixou curioso, assim que chegar em casa vou apertar o botão.
 
Vou andando nos corredores que agora estão cheios de gente e acabo esbarrando e pisando em pé de pessoas. Por isso eu tive segurar o cartão com força dentro do meu bolso. Vou para o laboratório rapidamente e espero bater o sinal para a aula começar.
 
As aulas vão passando e eu vou o tempo todo com o cartão no bolso de sala em sala sem deixar que ele caia, conferindo a cada cinco segundos se ele está no bolso. Quando as aulas acabam eu fico ansioso para ir para casa, mas me lembrei que faço parte do clube de mapas e navegação. A minha escola cria vários clubes para que você possa se enturmar mesmo depois da aula, poucos alunos saem da escola e o resto procura os clubes que mais os agradam, o clube da mágica, o clube dos desenhos animados, enfim, existem milhares de clubes feito pelos alunos, onde se reúnem em salas para discutir assuntos que os agradam. O que me agrada é falar sobre mapas e navegação e climografia.
 
Ao entrar na sala do clube, vejo os alunos sentados em carteiras uma ao lado da outra, formando um circulo, eles tem mapas, e discutem o assunto. Sento em uma delas e entro no assunto, eles discutem sobre o navio de busca que faria uma viagem pelo mar, mas uma tempestade muito forte fez o barco cair e afundar, fazendo que todos os viajantes ficassem em pleno mar, se afogando e morrendo aos poucos.
 
-Eles pareciam covardes para mim, eles estavam chorando na hora que o barco partiu. -disse um garoto de óculos e cabelos pretos e curtos do outro lado da roda.

            -Eles estavam chorando porque iam sentir saudades da família na viajem, Dylan. -disse uma garota de cabelos cor de mel e longos.
 
-Aquilo parecia mais medo do que saudades para mim -disse aquele garoto de óculos novamente, pelo que parece seu nome era Dylan.

            Eu lembro me de ter assistido no jornal a partida desses “bravos homens”, que estavam partindo em uma jornada para o desconhecido mar, mas quando os vi chorando na partida para mim eles não pareciam querer ir naquela expedição.
 
Ficamos lá discutindo o assunto até ás cinco horas da tarde, sendo que cheguei lá às três. As portas da escola já estavam se fechando, pois ela não fica aberta até  tarde, por ordens de segurança.
 
Não entendo o motivo das ordens de segurança se aqui não existe roubo, eu acho. Saio da escola e faço o mesmo percurso para chegar em casa, minhas pernas estão doendo e meus olhos estão cansados, já escureceu, pois estamos em uma época do ano em que ocorre um fenômeno em que todos os dias, durante três meses escurece mais cedo, chamada de “luacedo”. Ando na calçada debaixo dos postes de luz, fico pensando no momento em que aquela garota me puxou e disse tudo aquilo, então coloco a mão no bolso para conferir se o cartão estava lá, e ainda bem, estava lá. De repente começo a ouvir passos e então olho para trás e vejo bem longe um homem com um sobretudo preto, está com óculos escuros e um chapéu preto, por algum motivo, sempre que ando sozinho, e vejo alguém perto de mim fico nervoso, então apresso o passo, mas finjo que não me importo com a presença dele, então viro a cabeça para o lado e olho para as minhas costas com o canto dos olhos para ver se ele está ali, e não há mais ninguém. Quando viro a cabeça para o outro lado, o vejo caminhando ao meu lado, mas do outro lado da rua. Finjo que tenho um relógio no pulso, olhando para ele, arregaçando os olhos  e corro para casa, simbolizando que estou com pressa, mas na verdade era uma desculpa para correr para casa. Enquanto corro para minha casa que fica dali três quarteirões, enquanto corro, olho para trás e vejo o homem parado me olhando, se ele tirasse os óculos escuros, aposto que estaria com as sobrancelhas franzidas, ou seja, me encarando.
 
Quando chego em casa, certifico me de trancar a porta quando entro. E vou direto para a cozinha, onde minha mãe prepara o jantar e meu pai está sentado na mesa conversando com ela, assim que chego ele param o que estão fazendo e me encaram com uma cara de preocupação.
 
-Você está bem, filho? -pergunta meu pai.
 
-Porque não estaria? -respondo rápido ao meu pai, sem contar que acabei de ser perseguido com certeza por aquele homem.

 -Você está...pálido -minha mãe explica.
 
-É que eu queria chegar em casa rápido, então corri e não tive tempo para parar e respirar. -Tive que mentir, não quero que meus pais fiquem assustados com todas as coisas estranhas que aconteceram hoje, não quero que eles fiquem preocupados, só quero que eles continuem normais.

            Assim que termino de falar com eles, corro para as escadas e vou direto pro meu quarto, assim que entro, jogo minha mochila no canto a minha direita e fecho a porta atrás de mim, tranco devagar para não fazer nenhum barulho, senão meus pais ouvem o barulho da chave e vão estranhar o fato de eu chegar em casa pálido e me trancar no quarto logo em seguida.
 
Vou para a minha mesa de computador, coloco meu notebook no chão e derrubo alguns livros de cima da mesa. Pego o cartão no bolso e coloco em cima da mesa, agora finalmente vou entender o que aquela garota estava querendo me avisar, mil coisas passam pela minha cabeça nesse segundo, então me pergunto, será que é só sobre alguma fofoca mentirosa sobre que eu gosto de alguém, o que certamente é mentira. Agora vou ver do que se trata, coloco o dedo no botão vermelho.
 
No mesmo segundo uma luz vermelha aparece dividindo o cartão em dois a parte de baixo e a de cima, então uma voz de mulher sem intonação começa a passar uma mensagem, a linha vermelha começa a mexer como uma onda sonora.

            -Esta mensagem contém informações secretas, após escutar esta mensagem guarde o cartão e não forneça essas informações para ninguém. -disse a voz- Você foi escolhido e está sendo convidado para se juntar a um grupo muito conhecido por seus perseguidores como “os rebeldes”. Já imaginou se o governo estivesse mentindo a toda sociedade sobre seus atos bons e ações heroicas, provavelmente sim, e pessoas como nós que pensam dessa forma são consideradas uma ameaça para o estado, nossa forma de reflexão é um crime, a base secreta do governo está protegida com as mais importantes informações, sobre o ocorrido no passado, essa corrupção política nos leva a ter um caminho onde consideramos líder, quem pode ser por dentro nosso inimigo. Por isso, esse grupo chamado de , conhecidos como rebeldes, lhe convida a se juntar a eles e se tornar um membro que vai contribuir para que uma revolução seja feita e que a sociedade abra os olhos e veja a verdadeira pessoa que estão idolatrando. Agora são as informações da localização da base secreta, algo que nenhuma pessoa jamais descobriu é que a cidade é revestida com um campo de força, após o campo de força que chamamos de “barreira” fica a nossa localização, guarde o cartão com você, passe da barreira e aperte o botão do cartão novamente e levante ao alto, então o acharemos, caso você não aceite o convide, o deixaremos em paz, mas o governo se descobrir pode ir atrás de você, faça uma boa escola.
  O cartão ficou inteiro preto e a voz parou. Fiquei sem palavras, não sei o que fazer, não sei o que pensar.
                                                    ….................................
 
Estou sentado na minha cadeira com o cotovelo na mesa e as mão segurando a cabeça, não pode ser, não pode ser que esses anos todos..., não sei o que pensar, eu tenho que reagir, mas não sei o que é melhor para mim. Fico sentado e de repente ouço minha mãe me chamando, levanto da cadeira e meus joelhos doem, passar o dia sentado não faz bem para os meus joelhos, então eu cambaleio e caio no chão, logo em seguida levanto e desço as escadas.
           
Assim que desço as escadas e chego lá embaixo, minha mãe e meu pai estão sentados jantando, me junto a eles, minha mãe preparou espaguete com almondegas e molho de tomate, ela me ensina a cozinhar nos fins de semana então eu sei os ingredientes e modo de preparo. O jantar estava muito bom, mas o sentimento inquieto dentro de mim substituiu o sabor bom da comida por amargura.
 
Quando olhei para o relógio já eram nove da noite. Ás dez eu terei que dormir e amanhã será um novo dia, nos dois sentidos, porque acho que minha rotina não será mais a mesma, já que sei que corro risco de ser capturado pelo governo. Não posso mais viver assim, eu jamais suicidaria, mas levar uma vida assim não dá, eu não posso.
 
Assim que o jantar termina, vou para o meu quarto novamente, então resolvo manter a calma e tentar ter uma noite normal, enquanto decido se me junto ao grupo ou não. Junto os livros jogados no chão, coloco os na estante de livros e depois de fazer uma faxina meu quarto fica arrumado, tem algumas vezes que meus pais tem que ficar até tarde no trabalho, por isso me acostumei a fazer a janta de vez em quando e até mesmo fazer uma faxina na minha casa, é meio solitário, mas eu tento não me importar, (não disse que consigo).
 
Quando o relógio marca dez horas eu me deito, fico pensando em todas as coisas que aconteceram hoje, queria que tudo tivesse sido apenas um sonho. Viro de um lado ao outro, procurando um canto quente na cama, porque a noite está fria.
 
Fico deitado na cama e não consigo dormir, fico pensando demais na minha escolha, então finalmente decido: não aguento mais. Saio da cama, coloco minha calça jeans, uma camiseta preta, o mesmo casaco de aviador, uma bota grande que tenho, coloco alguns livros sobre matérias interessantes como Ciências e Geografia e Climografia na minha mochila do colégio, coloco roupas extras também, pego aquele cartão e boto novamente no bolso, fecho a mochila, penduro a nas minhas costas, abro a porta do quarto e corro para a porta de entrada, abrindo-a, passo para fora, fecho, e corro em direção para o suposto campo de força que a mensagem do cartão me disse.
 
Começo a correr sem parar, a cidade está escura e passo rapidamente debaixo dos postes de luz, em direção a saída da cidade. Passo no meio de duas casas, e a única coisa que vejo é um gramado enorme que rodeia a cidade, e ao fim dele há apenas árvores, ou seja, há apenas floresta em volta da nossa cidade, isto é, vivemos na única civilização do país? Eu pensava que havia outras cidades e civilizações parecidas com esse gênero urbano.
 
Paro de pensar e continuo a correr, quanto me abaixo pego uma pedra e jogo o mais longe que puder, então ela voa para longe, de repente bate em uma espécie de parede invisível e o lugar onde ela bateu ficou roxo, então o roxo vai se espalhando até mostrar que há um campo de força em formato de esfera em volta da cidade, a pergunta é: porque há um campo de força protegendo a cidade? Deve com certeza haver uma explicação para isso.


sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

A Revolução - Capítulo 1 Parte 1

 Algumas palavras com erros estarão em amarelo, mas caso você encontre algum outro por favor avise nos comentários.


1.   O Despertar

            Mais uma vez eu me vejo na mesma cena de todos os dias, deitado em uma cama, olhando o quarto ao redor como se minha memória tivesse sido perdida. O quarto tem as paredes brancas, um armário cheio de livros, muitos deles espalhados pelo chão, há uma mesa com computador e folhas de papel organizadas com materiais como lápis, caneta e borracha e outras coisas.

            Olho para esse quarto durante cinco minutos, eu parecia ter acordado após ficar inconsciente. Então cerca de cinco minutos depois, minha memória volta e começo a me recordar de tudo, esse quarto afinal das contas é o meu quarto, o que durmo e cresci vivendo nele, lembro-me de quem sou eu, assim como faço todos os dias, lembro-me exatamente de tudo.

            Todas as noites após despertar eu simplesmente perco a memória, e ela volta após um tempo, é estranho como isso acontece frequentemente. Lembro-me de que me chamo Damien. Mas mesmo assim minha memória continua confusa.

            Levanto-me devagar da cama e vou me vestir, nunca demoro para escolher as roupas, quando vou escolher, já penso antes que roupas ficariam legais para usar no dia, escolho dependendo da temperatura lá fora ou de como estou me sentindo, se sinto calor ou frio. Espio pela persiana como está o tempo e vejo apenas com o olhar que está sol mas ao ficar em baixo de uma sombra posso sentir um vento frio.

            Demoro cerca de dez minutos para me vestir, coloco uma camisa de manga longa verde, uma camiseta amarela por cima com um desenho de uma metade de um limão siciliano, um casaco marrom de aviador por cima aberto, uma calça jeans e um tênis vermelho escura, não costumo usar roupas diferentes todos os dias, é só usar roupas que me deixem confortável.

            Arrumo meu material escolar com livros que levei para casa na última aula, lembro-me que hoje é sexta-feira, o dia da entrega da tarefa de casa. Minha escola encaminha tarefa de casa durante toda a semana e nós devolvemos todas as tarefas feitas na sexta-feira. É estranho como é tudo do mesmo jeito toda semana da minha vida. Nada diferente acontece.

            Abro a porta do meu quarto e desço as escadas silenciosamente, não quero acordar meus pais, isso mesmo, aqui na minha casa vivemos eu, meu pai Jonathan e minha mãe Cheryl. Meus pais não tem necessidade de acordar tão cedo por causa do trabalho deles. Meu pai trabalha com o governo, ele recolhe impostos e minha mãe é a auxiliar administrativa de uma empresa que trabalha também para o governo. Eles realizam praticamente a mesma profissão, os dois trabalham em escritórios mas em prédios diferentes, o trabalho deles começa às nove e meia e acaba às seis, eles acordam às nove, então não os vejo de manhã. Minha aula começa às oito e acordo às sete.

            Quando chego a cozinha ela está quieta e silenciosa, às escuras. Abro a geladeira e pego dois ovos, um pedaço de bacon e suco de laranja, meu café da manhã de sexta, pois os outros dias da semana eu como apenas pão com manteiga e uma caneca de café au lait.

            Pego uma frigideira e frito os ovos e o pedaço de bacon, após, coloco em um prato de vidro transparente pequeno. Pego um garfo, me sento e começo a comer, saboreio o gosto lentamente pois sei que ainda falta tempo para a aula começar, meus olhos pesam por conta do sono. Depois de comer me limpo com um guardanapo e subo as escadas novamente. Vou ao banheiro do meu quarto e escovo os dentes.

            Pego minha mochila e vou para a escola. A escola não fica muito longe então vou apé, moro em um bairro silencioso e residencial. No caminho reparo os sobrados a meu redor, moro em um sobrado também, mas cada um deles é único. Eles são todos iguais mas as famílias que os habitam decoram do jeito que querem. Colocam cortinas diferentes nas janelas e outras coisas. O governo não nos permite construir uma casa diferente, todas as casas são iguais e é assim que funciona.

            Ando umas cinco quadras todos os dias apenas para chegar à escola. As escolas são todas comuns, aqui as pessoas de cada Bairro não se falam. Os Bairros aqui na cidade são completamente diferentes do que você pensa. Nós vivemos no país de Giancrônia, na cidade de Nuvio, Nessa cidade existem cinco bairros, cada um fornece algo à cidade, alguma atividade econômica: Biolenia: fornece agricultura, é rodada de campos; Atédria: fornece tecnologia, produz as máquinas mais potentes da cidade; Ciete: fornece atividade pecuária e produtos laticínios, é rodada de fazendas; Toácia: fornece comércio, é onde todos os produtos produzidos são vendidos, tem os melhores restaurantes; e por final: Zandria: o bairro onde moro, um bairro residencial que controla a economia da cidade, as pessoas aqui trabalham em escritórios, como o escritório de meu pai e o de minha mãe. As pessoas vão de bairro em bairro atrás do que precisam, mas as pessoas de cada bairro não se falam, eles não tem inimizade mas também não são muito chegadas as comunidades de outros bairros, por assim dizer. Por exemplo: A senhora Delis que é minha vizinha, pertence ao bairro Zandria, seu passatempo preferido é tricotar, ela não se daria bem com alguém da Ciete por mais que essa outra pessoa gostasse de tricô. Esse é o mapa da cidade.


            Eu gosto muito de mapas e por isso eu adoro vê-los e estudá-los. Se você reparar no meio da cidade há um bairro chamado C.G., é um bairro onde ninguém é permitido entrar, a não ser agentes do governo que tem um passe especial de entrada. Já passei em frente de carro uma vez, lembro de que apenas vi que eram muralhas de ferro com poucas entradas onde há uma câmera e um funcionário. O governo sempre diz que quer o melhor do povo, mas penso, se ele quer o melhor do povo, porque ele se protege do povo tão fortemente.

            Quando atravesso cinco quarteirões eu finalmente chego à escola. A minha escola é uma High School normal, eu tenho 16 anos e nunca repeti o ano na escola, por isso este está sendo meu segundo ano aqui na High School. Eu não tenho amigos, por ser um tanto sério e diferente do resto dos adolescentes da minha idade, eu penso que devo ser um caso raro de pessoa que amadurece mais rápido.
           
Minhas notas são em torno de B- a A+, mas quando falo sobre pensar em ser mais maduro que os outros não me refiro a inteligência, mas sim a forma de como  eu ajo em diferentes situações. Por exemplo, sempre achei as crianças que choram para não tomar banho algo muito imaturo, não há desvantagens ao ficar limpo, talvez não poder brincar de coisas que sujem, mas,é só fazer outra atividade mais quieta após o banho. Há várias outras coisas que sempre considerei infantis desde pequeno, mas não vou citar pois há várias coisas.
           
Vou para o meu armário escolar, ele é um dos últimos do corredor onde fica. Enquanto ando no corredor olho para todos como se fossem zumbis, na verdade, a única coisa que os diferencia é que não são verdes nem nada do tipo, mas todos andam lerdos assim como qualquer pessoa que tenha que levantar cedo e ir andando até a escola, não devo estar diferente. Pego o material das aulas do dia e vou para a sala 202, onde temos as aulas de História.

Sempre sento nas primeiras carteiras porque gosto de prestar atenção nas aulas, mas a pergunta que sempre me vem em mente, será que o que eu aprendo na escola é verdadeiro. Não quero dizer que os professores ensinem matemática errado, mas, há dois anos, eu vi uma matéria falando que um garoto de 13 anos, achava que era rico, e nunca negava isso, porque os pais dele sempre diziam que a renda deles era a mais que o dos amigos dele, porque queriam que ele sentisse satisfação do que tem, e dar um valor maior aos pais, “sabendo que os pais lhe davam certos privilégios”, ou seja, essa matéria me fez pensar, as pessoas podem ensinar o que elas querem que


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quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Introdução

  Olá! Me chamo Arthur, eu tenho só 12 anos mas eu gosto muito de escrever e nesse blog eu vou postar alguns livros que ando escrevendo por conta própria. Já vou avisando que poderá sim, ser encontrados erros no texto como ortografia e etc.
  Lembrando que gosto de ouvir a opinião de vocês, então comentem sobre o que acharam do capítulo, sobre erros encontrados por vocês. Até mais!!! :-)